Por que e para quê sofremos? Qual o significado do sofrimento? Como devemos reagir?

Prezados amigos, gostaria de deixar algumas palavras no blog, como consolo e incentivo a que todos os cristãos encontrem em Cristo o sentido da vida, e aprendam a compreender qual é o caminho que leva ao tão desejado Reino dos Céus.
Na Bíblia Jesus orienta, entrem pela porta estreita, porque largo é o caminho que leva à perdição. Não é preciso ser um exegeta ou um estudioso bíblico para compreender que Jesus está dizendo que o caminho para o Reino de Deus não é fácil, exige esforço e não se chega sem sofrimento.

Apesar de ser parte do caminho, o sofrimento nos causa uma certa repulsa e medo, principalmente quando não há o devido aprofundamento na fé.

Com efeito, quando somos muito superficiais, não temos ânimo para suportar sofrimentos, e com facilidade desistimos de qualquer propósito, em alguns casos – e numa situação mais extrema- da própria vida.
Entretanto, o sofrimento esteve presente na vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, desde o seu nascimento até a morte na Cruz.

De fato, Jesus nasceu em uma família pobre e, logo ao nascer, foi perseguido por Herodes. Em razão disso, a Sagrada Família foi obrigada a refugiar-se no Egito, lá permanecendo por alguns anos, em um lugar diferente, um país idolátrico e politeísta, com profundos contrastes com a fé judaica.

Após iniciada sua vida pública, Jesus passou a sofrer perseguições, em razão da inveja dos que usufruíam do poder naquele tempo.

Mas não foi só isso. Jesus também sofreu entre os seus seguidores e familiares, muitas vezes ouvindo queixas e murmurações.

Culminou com a sua amarguíssima Paixão, ocasião em que sofreu todos os suplícios possíveis e imagináveis, aliás, inclusive além da imaginação, culminando com a morte, e morte de cruz.

Os apóstolos também sofreram. Jesus mesmo disse: “Assim como o Pai me amou eu amo vocês”, e mandou-os pelo mundo afora, para pregarem a Palavra, e sofrerem muitas afrontas e perseguições.

Nem mesmo a Mãe do Senhor esteve livre do sofrimento, a ponto de ter a própria almas transpassada por uma espada de dor.

Os que sucederam os apóstolos também sofreram.
Entre os santos, não há um que não tenha sofrido muito. Apenas para exemplificar, lembramos Padre Pio de Pietrelcina, que sofreu durante cinquenta anos toda sorte de perseguições, além sofrimentos físicos e morais.
Portanto, não é difícil concluir que na vida ninguém passa sem sofrer tribulações. A uns é dado sofrer de uma forma, outro de outra, mas ninguém – repita-se – ninguém passa pela vida sem sofrer.

O caminho do Reino dos Céus é o caminho da Santa Cruz, que o próprio Cristo trilhou e mostrou, dizendo: “Aquele que quiser vir após mim, toma sua cruz e segue-me.”

Diante desta constatação, de que ninguém (nem mesmo os maus) passa pela vida sem sofrimentos. Que o próprio Jesus sofreu, que os santos sofreram, é porque o SOFRIMENTO, além de necessário e inevitável, é extremamente redentor e vivificador.
Isso tanto é verdade que os santos chegavam ao ponto de desejar o sofrimento, e agradecer a Deus por ele.
Abaixo transcrevo um fragmento do Diário de Santa Faustina (A Misericórdia de Deus na Minha Alma), parágrafos 342 e 343:

“...342 O sofrimento é o maior tesouro da Terra. – purifica a alma. No sofrimento conhecemos quem é nosso verdadeiro amigo. O verdadeiro amor é medido com o termômetro dos sofrimentos. 343 Jesus, agradeço-Vos pelas pequenas cruzinhas diárias, pelas contrariedades nos meus planos, pelas dificuldades na vida em comum, pela má interpretação das minhas intenções, pela humilhação que sofro dos outros, pelos procedimento rude comigo, pelos julgamentos injustos, pela saúde fraca e esgotamento físico, pela abnegação da vontade própria, pelo aniquilamento do próprio eu, pela incompreensão em tudo, pelo transtorno de todos os meus planos. Agradeço-Vos, Jesus, pelos sofrimentos interiores, pela aridez do espírito, pelos temores, medos e incertezas, pelas trevas e espessa cerração interior, pelas tentações e diversas provações, pelos tormentos que são difíceis de exprimir e, especialmente, por aqueles em que ninguém nos compreenderá, pela hora da morte, pela dificuldade na luta nela, por toda a amargura.

Agradeço-Vos, Jesus – que primeiro bebestes esse cálice de amargura, antes de o entregardes a mim, atenuado. Eis que aproximei os lábios dos cálice da Vossa santa vontade; seja feito em mim tudo de acordo com os vossos gostos, seja feito comigo o que a Vossa sabedoria planejou antes dos séculos. Desejo esgotar o cálice dos destinos até a última gota, sem investigar seus significados; na amargura está a minha alegria, no desespero a minha confiança. Em Vós, Senhor, tudo o que dá o Vosso Coração de Pai é bom; não preferindo consolos às amarguras, nem amarguras aos consolos, por tudo isso vos agradeço. ...”

Por último, observo que ninguém compreende melhor a Paixão de Cristo, senão aquele que sofre penas semelhantes.



O QUE É PENTECOSTES ???

Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora de sua missão.

A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).

No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.

Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na issão dos discípulos.

Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972): "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos". O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão.

O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

História da RCC no Brasil


No Brasil a Renovação Carismática teve origem na cidade de Campinas, SP, através dos padres Haroldo Joseph Rahm e Eduardo Dougherty(2).

Os rumos que a Renovação Carismática tomará a partir de Campinas serão diversos, expandindo-se rapidamente pela maioria dos Estados brasileiros. Entre algumas informações disponíveis encontramos as de Dom Cipriano Chagas que registra:

- Em 1970 e 71 iniciou-se a Renovação em Telêmaco Borba, no Paraná, com Pe. Daniel Kiakarski, que a conhecera nos Estados Unidos também em 1969.

- Em 1972 e 1973 Pe. Eduardo, de novo no Brasil, deu vários retiros e iniciou grupos de oração. Assim foi, por exemplo, em Belo Horizonte, em 1972, com um grupo pequeno de 8 ou 9 pessoas.

- Em janeiro de 1973 o Pe. George Kosicki, CSB, que havia muito participava ativamente da Renovação nos Estados Unidos, veio a Goiânia para um retiro carismático de uma semana. A ele compareceram D. Matias Schmidt, atual bispo de Rui Barbosa, na Bahia, e vários padres e religiosas, que iriam iniciar grupos de oração em Anápolis, Brasília, Santarém, Jataí, etc.

- Em 1973, perto de Miranda, no Mato Grosso, um pequeno grupo começou a ler o livro Sereis Batizados no Espírito e a rezar pedindo o dom do Espírito. Um mês mais tarde veio a eles o Pe. Clemente Krug, redentorista, que conhecera a Renovação em Convent Station, New Jersey; orando com eles, receberam o “batismo no Espírito” e o dom de línguas.

- Em geral, pois, pode-se dizer que os grupos de oração surgidos em inúmeras cidades do Brasil tiveram sua origem seja nas “Experiências de Oração no Espírito Santo” do Pe. Haroldo Rahm, SJ, seja nos retiros dados pelos padres Eduardo Dougherty, SJ e George Kosicki, CSB.

- Em vista da extensão que tomava a Renovação no Brasil, o Pe. Eduardo Dougherty, sentindo a necessidade de uma melhor organização, preparou com o Pe. Haroldo Rahm e Irmã Juliette Schuckenbrock, CSC, um encontro de fim de semana em Campinas, que foi o I Congresso Nacional da Renovação Carismática no Brasil em meados de 1973, ao qual compareceram cerca de 50 líderes, para discernir a obra do Espírito Santo no Brasil.

- Em janeiro de 1974 foi realizado o II Congresso Nacional da Renovação Carismática, comparecendo lideres de Mato Grosso, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, etc(3).

Em outras regiões a Renovação Carismática começa a crescer, a partir de 1974: no Norte a diocese de Santarém com Frei Paulo, em Anápolis, no Centro Oeste, com Frei João Batista Vogel, no Sul de Minas, com Mons. Mauro Tommasini na Aquidiocese de Pouso Alegre. Também colaboram como divulgadores: Pe. Schuster, Dr. Jonas e Sra. Imaculada Petinnatti, Peter e Ingrid Orglmeister, D. Cipriano Chagas, Pe. Alírio Pedrini, Frei Antônio, Ir. Tarsila, Maria Lamego, Ir. Stelita(4).

No início, a Renovação atingiu os líderes já engajados em movimentos como Cursilho, Encontros de Juventude, TLC, etc, e foi se ampliando gradativamente como uma nova “onda” de evangelização com identidade própria(5).

Em 1972, Pe. Haroldo escreve o livro Sereis batizados no Espírito(6) , onde explica o que vem a ser o “Pentecostalismo Católico”. Sendo uma das primeiras obras publicadas no país sobre o movimento, trazia orientações para a realização dos retiros de “Experiência de Oração no Espírito Santo”, que muito colaboraram para o surgimento de vários grupos de oração.

Para B. Carranza, o livro representou uma alavanca para a difusão da Renovação Carismática, do mesmo modo como o foi, nos EUA, o livro A cruz e o punhal. Além disso, tendo recebido o Imprimatur de Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, bispo de Campinas na época, significou a legitimação da Renovação Carismática Católica para seu crescimento(7).

Pe. Haroldo foi o responsável em divulgar a Renovação para muitos dos que viriam a se tornar suas lideranças. A adesão de Padre Jonas Abib, logo no início deu um grande impulso para a Renovação.

Pe. Jonas Abib assim relata como veio a conhecê-la, através do Pe. Haroldo, durante um período em que passava por dificuldades em seu ministério, em Lorena, São Paulo:

Padre Haroldo veio no dia 2 de novembro de 1971. Falou-nos a respeito do que Deus estava fazendo no mundo por meio da Renovação Carismática Católica. Explicou-nos sobre a Efusão do Espírito Santo; o que eram os dons do Espírito Santo (...).

Realmente não entendi bem o que era a Renovação Carismática Católica; também não entendi o que era Efusão do Espírito nem mesmo os Dons. Porém, desejei do fundo do coração. Entendi que era o que me faltava!

Houve uma missa. No final, Padre Haroldo, ainda na sacristia, disse a nós, padres, que, se quiséssemos, ele iria impor as mãos sobre cada um, pedindo a Efusão do Espírito Santo. Ficamos sem jeito; mas pior seria dizer que não ... aceitamos! (...).

O que aconteceu com os outros eu não sei; sei o que aconteceu comigo. (...) naquela noite, comecei a orar como nunca tinha orado antes. Nem era ainda a oração em línguas; o que acontecia era que a oração vinha de dentro. (...) Eu não saberia explicar. O que sabia é que antes me faltava alguma coisa, que eu pensava ser a fé; porém, o que faltava agora não faltava mais. O vazio que existia estava inteiramente preenchido.

(...) um mês e meio depois, já no começo de 1972, fui a Campinas, em São Paulo, com dez jovens (...). Tivemos a oportunidade de fazer uma “Experiência de Oração” com Padre Haroldo, na Vila Brandina. Lá comecei a entender o que era a Renovação Carismática Católica, a Efusão do Espírito Santo e seus Dons. Melhor ainda: entendi o que tinha acontecido comigo.

Naquele mesmo ano estávamos começando as Experiências de Oração no Espírito Santo, em Lorena(8) .

A partir de 1980, a Renovação Carismática consolidou-se institucionalmente, espalhando-se por todo o território nacional, vindo a ocupar um espaço significativo na mídia, seja como objeto de notícias, seja como usuária dos meios de comunicação social(9).

Em 1980, Pe. Eduardo Dougherty fundou a Associação do Senhor Jesus (ASJ). Partindo da venda de material religioso, tal como livros de formação e de cânticos, tendo em vista atingir a realização de programas de TV. Logo em seguida foi criado o programa "Anunciamos Jesus", que em 1986, já cobria através de três redes de TV, 60% do território nacional. A partir de 1990, a ASJ fundou o Centro de Produções Século XXI, que possui três grandes estúdios de TV, na cidade de Valinhos, São Paulo. Atualmente, possui um sistema televisivo próprio com objetivo de, em médio prazo, estar com retransmissoras em todas as regiões do Brasil.

Também se destaca nos meios de comunicação a Comunidade Canção Nova. Iniciada em 1974 na cidade de Lorena, a Comunidade adquiriu em 1980, em Cachoeira Paulista, uma Rádio e mais adiante, em 1989, conseguiu uma concessão de TV. Através da Fundação João Paulo II, a Rede Canção Nova TV é o canal católico que mais cresce no Brasil, possui retransmissoras em todas as Regiões do país, estando também presente na Itália e Portugal.

É também a partir de 1990 que acontece a grande "explosão" da Renovação Carismática que atinge milhões de brasileiros. Antônio F. Pierucci e Reginaldo Prandi, por ocasião das eleições de 1994, realizaram um levantamento quantitativo sobre a Renovação Carismática no Brasil (Tabela 3)(10).

Tabela 3. Religiões no Brasil – população adulta

Religião

No. Total de fiéis
(em milhões)

Católicos: Tradicionais
Carismáticos
CEBs
Outros Movimentos

61,4
3,8
1,8
7,9

Evangélicos: Históricos
Pentecostais

3,4
9,9

Kardecistas

3,5

Afro-brasileitros: Umbanda
Candomblé

0,9
0,4

Outras

2,0

Nenhuma

4,9


O resultado apresenta três milhões e oitocentos mil como o número de católicos carismáticos no conjunto da população brasileira adulta, sendo que 70% deles são mulheres; a maioria possui um expressivo contingente de donas de casa (24%), a maior parte dos que estão ocupados são funcionários públicos (22%).

Trata-se de um número muito elevado, pois era praticamente igual ao total de evangélicos que seguem as denominações protestantes históricas; sendo menos de um terço dos evangélicos pentecostais; o dobro dos católicos das comunidades eclesiais de base (CEBs); número similar ao de espíritas kardecistas; e quase três vezes o total dos adeptos das religiões afro-brasileiras(11).

Estudos mais recentes, contrariando alguns prognósticos da não expansão da base social da Renovação para além da classe média, indicam que o movimento também chegou às camadas trabalhadoras dos bairros populares, onde há uma tendência ao crescimento acelerado(12).

Atualmente, a Renovação Carismática encontra-se presente em todos os Estados e também no Distrito Federal, com 285 coordenações (arqui)diocesanas organizadas e cadastradas junto ao Escritório Nacional.

Em estimativa feita no final deste ano de 2005, junto às coordenações estaduais da RCC, contabilizou-se como aproximadamente 20.000 o número de grupos de oração em todo o Brasil, isto sem contar as comunidades de vida, de aliança, associações e inumeráveis outras atividades de apostolado, ligadas à RCC.

Intercedendo pelo ministério de música:




Nos grupos de oração e nos eventos da RCC, todos os ministérios/equipes são importantes e devem funcionar organicamente como um corpo (cf. 1 Cor 12,12ss) para que o Pentecostes aconteça, gerando curas, libertações e conversões. Contudo um dos ministérios aos quais encontramos mais batalhas espirituais é o de música. Talvez por fazer parte do pelotão de frente e, portanto, estar mais vulnerável aos ataques.
Uma música ministrada na unção e no poder do Espírito Santo cria o ambiente e principalmente abre os corações para o louvor, a petição, a súplica, a adoração, a escuta, a contemplação, a ação de graças, ou seja, para tudo o que o Senhor estiver querendo realizar no momento da reunião de oração e/ou nos eventos.
Verificamos na História da Salvação, grandes batalhas e feitos que tiveram à sua frente os músicos: Na conquista da cidade de Jericó o Senhor diz a Josué para colocar os sacerdotes à frente tocando as trombetas adiante da arca da aliança (cf. Jos 6, 1ss) na sétima volta ao som do clamor dos músicos sacerdotes, as muralhas não resistiram ao poder de Deus. O louvor deve ser o hino de vitória que brote da boca dos músicos carismáticos!
Na batalha contra os amonitas e os moabitas, Josafá designa os cantores que revestidos de ornamentos sagrados, haveriam de marchar à frente do exército entoando um cântico de louvor (cf. II Cron 20, 5ss). Os ornamentos sagrados, ou seja, o revestimento dos músicos, deve ser a santidade, buscando viver o que se ora na armadura do cristão (cf. Ef 6,10ss). A tática de Deus era colocar músicos à frente ministrando e assim as vitórias iam acontecendo.
Nos ensina o Catecismo (391): “Por trás da desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora, que se opõe a Deus, e que, por inveja, os faz cair na morte. A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo destronado, chamado Satanás ou Diabo. A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus”. A primeira e principal área que devemos interceder com relação a todo o servo, é a obediência, a exemplo de Jesus Cristo o servo sofredor e obediente (cf. Is 53, 1-12; Fl 2,5-11). O demônio irá atacar muito o ministério de música nesta área, os intercessores e o ministério de música devem pedir para produzir o fruto do Espírito Santo da humildade genuína.
O Demônio era um querubim protetor, criado por Deus para servir no coro angélico. A palavra de Deus diz que “tamborins e flautas estavam a seu serviço desde o dia em que foram criados” (leia atentamente Ez 28,11b-19). Isaías descreve que com a expulsão de Lúcifer dos céus, ele levou consigo junto com uma legião de anjos, suas harpas e tamborins (leia também Is 14, 11-12). Assim, ele irá atacar nas brechas que os ministros de música deixarem em sua vida pessoal, tais como: orgulho, vaidade, falta de compromisso, que irão interferir no ministério, quer seja na equipe do grupo de oração quer seja numa banda ou conjunto.
A intercessão que se faz com relação a este ministério deve buscar fechar essas brechas, mediante a oração de concórdia e de combate para que o Espírito Santo dê aos músicos, uma verdadeira humildade, simplicidade, fidelidade e tudo o que for inspirado pelo Espírito quando se estiver orando especificamente por eles. Devemos deixar claro que o inimigo já está vencido pela Cruz de Jesus Cristo (cf. Rom 8,31) e que pouco tempo lhe resta, por isso ele tenta os que servem a Deus e que buscam levar mais pessoas a se encontrar com Jesus Senhor.
Outra área que deve ser motivo de intercessão é a afetividade e sexualidade, principalmente por ser um ministério que encontramos muitos jovens ainda em processo de formação os deixa expostos nesta área e sofrendo muitos ataques. Assim aconteceu com o grande rei e músico Davi quando cometeu adultério com a esposa de seu mais fiel servo e soldado: Urias, levando-o inclusive para frente de batalha para morrer. Foi necessário o profeta Natã para abrir-lhe os olhos quanto ao pecado que havia cometido (leia 2 Sm 11-12,1-15). Davi, então se arrepende e proclama um dos mais profundos e sinceros salmos penitenciais (leia o Salmo 50). Precisamos orar para que os músicos vigiem e orem por seus sentimentos, afetos e sua sexualidade.
Devemos pedir também o dom do discernimento de música, para que ela seja ministrada na moção que a oração estiver sendo conduzida e também pela unidade de pensamento entre quem está conduzindo a reunião de oração e a música. Deve-se pedir que os músicos exerçam um ministério profético, com palavras de sabedoria, ciência e palavras proféticas, sempre em obediência à coordenação do grupo.
Aconselha-se às bandas que saem em missão que tenham uma equipe de intercessão, e mesmo que esta não possa acompanhá-los na missão, essa equipe deve reunir-se para momentos de oração e adoração, de preferência juntos. Os músicos e seus intercessores devem vigiar e orar, procurando sempre confessar e jejuar para se revestir e estar protegido pela poderosa mão de Deus.

O que é Pentecoste

Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia".

No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino. Quem é o Espírito Santo?

O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).

Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.

A esperança

Viver esperançosamente é acreditar que Deus sempre está preparando algo para nossa felicidade

Muitas vezes em nossa caminhada, deparamos com situações extremamente difíceis, notadamente dúvidas e questionamentos que aparecem em nossas vidas e que, por mais que tentemos obter as respostas e nos livrarmos de seu peso, eles teimam em persistir no mais profundo de nossos corações.
Assim, uma vez não alcançadas rapidamente as respostas, tornamo-nos pessoas angustiadas, ansiosas, nervosas, o que gera, depois de algum tempo, sentimentos e vontades de lamuriar, blasfemar contra Deus, desacreditar, enfim, perder a esperança. Entretanto, Deus nunca desampara o seu servo, pois dessa forma não seria um Deus amor, mas, sim, um verdadeiro tirano. Neste sentido, a esperança revela-se como virtude a ser cultivada na caminhada de qualquer cristão que esteja, verdadeiramente, disposto a realizar o a vontade de Deus em sua vida. Esperar em Deus, por mais nebulosos e sombrios que pareçam ser os caminhos, constitui-se em ato de grande fé, pois acreditar e confiar em Deus quando tudo parece feliz e calmo não é lá tarefa das mais difíceis. Entretanto, manter a fé no Senhor nos momentos de tribulação e provação e acreditar que só Ele tem poder para tirar um bem maior de um grande mal é onde se revela a virtude da esperança. Pessoas que não tem esperança são pessoas sem motivação de vida. Não possuem razão para viver. Viver sem esperança é tornar-se como semovente, sem saber por que nem para que vive. É como uma vaquinha. Todo o dia sai para pastar, conduzida pelo peão, anda, come, dorme, etc..., mas não entende bem o que faz. Somente faz. Para os cristãos, Deus é a razão de viver. Esperar nesse Senhor é a maior motivação e alegria que se pode ter para trilhar os caminhos tortuosos da vida. Viver esperançosamente é acreditar que Deus sempre está preparando algo para nossa felicidade, ainda que para darmos vários passos à frente precisemos primeiro dar alguns passos para trás. Só Deus é capaz de concretizar nossas esperanças. Muitas pessoas sofrem em suas vidas e passam a carregar profundas feridas interiores pela desesperança que lhes acometeu, quase sempre em virtude de terem depositado em pessoas ou coisas a esperança de sua felicidade, quando o único destinatário de tal depósito é Deus. Assim acontece, por exemplo, com o namorado que depositou tanta esperança em sua namorada e mais tarde percebeu que ela não era digna do seu amor. Da mesma forma acontece com quem esperou tanto de um amigo e mais na frente se sentiu traído por ele. E é de se notar que a palavra desespero possui uma íntima ligação com a palavra desesperança. A falta de esperança, certamente, conduz ao desespero. Pessoas que não esperam em um Deus que é maior do que o mundo, mais forte do que a morte, mais poderoso do que os exércitos, tornam-se desesperadas por não verem soluções para os seus problemas. Se não cultivarem, de logo, a esperança em seus corações, permanecerão para sempre desesperadas. Assim, passemos a semear a esperança em nossos corações. Se não esperarmos que Deus possa fazer algo por nós, quem poderá? Sejamos pessoas que acreditam na manifestação extraordinária do amor desse Deus que por nós é capaz de tudo fazer. Creiamos. Recuperemos a razão de viver. Não permitamos que os problemas nos afundem. Esperemos que Deus virá em nosso socorro, porque, cedo ou tarde, Ele virá!

Faça como Zaqueu

Deus te quer da forma como você se encontra hoje, é necessário apenas que se arrependa e que "suba naquela árvore"

Inspirado em Lc 19 1,10.
Jesus foi a Jericó e ao passar pela cidade, em meio à multidão, encontrou um homem chamado Zaqueu, o qual era chefe dos cobradores de impostos – normalmente o povo tinha aversão aos cobradores de impostos, pois eram empregados do governo romano e cobravam mais do que deveriam, contribuindo com a exploração da maioria e aumentando o poder da classe dominante – e era um homem rico, porém sabia que a sua riqueza não vinha das mãos de Deus, era oriunda da injustiça.
A conversão de Zaqueu começou quando ele sentiu o desejo de ver Jesus, de conhecê-Lo, de estar perto Dele, porém ele possuía dois impedimentos: a multidão e a estatura baixa. Talvez você também possua estas limitações. A multidão: as críticas que recebe, os julgamentos que lhe são feitos, as multidões de problemas e de afazeres, enfim, coisas, acontecimentos e pessoas que o impedem de chegar perto de Deus. A baixa estatura: as limitações físicas e espirituais, as coisas que já fez de errado, as barreiras que criou dentro de seu coração e que não o permitem ter uma grande visão de Deus.
Zaqueu "quebrou" todos os impedimentos e subiu naquela árvore para chamar a atenção de Jesus, faça como ele, deseje estar perto de Jesus, depois "destrua"; tudo que o separa de Deus e, assim, chame a atenção Dele. Deixe de lado todos os aspectos exteriores que o afaste do Pai, a multidão. Não importa como você se sinta hoje, não importa o seu passado e os seus pecados, esqueça a multidão e a estatura, Deus te quer da forma como você se encontra hoje, é necessário apenas que se arrependa e que "suba naquela árvore", suba o mais alto que você puder, ou seja, busque-O o máximo que você puder, procure estar em comunhão com Ele. Foi isto que Zaqueu fez, e Jesus entrou na casa dele. Jesus também quer entrar na sua casa, quer ser luz na sua vida e na vida da sua família, apenas vá buscá-Lo e, quando Ele o chamar, não tenha medo, não se julgue impuro, pois não é assim que Ele vê você, apenas escute o Seu chamado e vá com alegria. Faça, pois, como Zaqueu fez.
Assim como Zaqueu, infelizmente é comum sofrer preconceitos quando se arrepende dos pecados e procura estar com Jesus, mas não deixe que este preconceito afaste-o do Pai, esqueça as coisas mundanas e abandone-se sem reservas no imenso amor e na imensa misericórdia de Deus.
Deixe de lado os seus pecados e procure reparar os seus erros. Jesus não veio para castigá-lo, ou puni-lo, Ele veio trazer-lhe a salvação. Portanto, não temas, o Senhor te ama, deixe-O entrar em sua vida, faça como Zaqueu.
"Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso."

Setembro Mês da Bíblia.

No mês de setembro, a Igreja celebra o Mês da Bíblia. A respeito da importância da palavra de Deus, lembro sempre uma passagem do Evangelho de São João, capítulo 17, versículos de 11 a 19. Lembro, ainda, que o sopro do Cristo, que é o próprio Evangelho vivo, aniquila todos os males.

Vejamos, então:

"...Eu já não estou no mundo. Eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para Ti. Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que tu me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um. Quando eu estava com eles, eu os guardava em teu nome, o nome que tu me deste. Eu os protegi e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Agora eu vou para junto de Ti. Entretanto, continuo a dizer essas coisas neste mundo, para que eles possuam toda a minha alegria. Eu dei a eles a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não pertencem ao mundo, como eu não pertenço ao mundo. Não te peço para tirá-los do mundo, mas para guardá-los do maligno. Eles não pertencem ao mundo, como eu não pertenço ao mundo. Consagra-os com a Verdade: a tua palavra é a Verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os envio ao mundo. Em favor deles eu me consagro, a fim de que também eles sejam consagrados com a verdade. Eu não te peço só por estes, mas também por aqueles que vão acreditar em mim por causa da palavra deles, para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti. E para que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste. Eu mesmo dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um..."

Assim, prezados amigos do Grupo de Oração Coração de Jesus, saibamos que a Palavra de Deus é a Verdade, a mesma Verdade que Jesus veio dar testemunho. "Aquele que é da Verdade ouve a minha voz".

Um forte abraço a todos.

A Alma Mais Forte – A que Está Repleta do Fogo do Puro Amor de Cristo!

Prezados amigos, peço desculpas pelo tempo em que não escrevo no blog. Estou muito cheio de trabalho e assoberbado de compromissos.
Entretanto, gostaria de compartilhar uma parágrafo belíssimo do Diário de Santa Faustina, relativamente ao Fogo do Amor de Cristo e a alma mais forte.

Eis o fragmento:

“ 1643 – Ouve, Minha filha! Embora todas as obras que surgem da Minha vontade estejam sujeitas a grandes sofrimentos, reflete se alguma delas esteve sujeita a maiores dificuldades do que a obra diretamente Minha – a obra da Redenção. Não deves preocupar-te demais com as adversidades. O mundo não é tão forte quanto parece; sua força é estritamente limitada. Deves saber, Minha filha, que, se a tua alma estiver repleta do fogo do meu puro amor, então as dificuldades sumirão como a neblina perante os raios do sol, e não ousarão importunar uma alma assim. Todos os adversários têm medo de enfrentá-la, porque sentem que essa alma é mais forte que o mundo inteiro...”

Portanto, agora você já sabe, as almas mais fortes são aquelas que estão REPLETAS DO FOGO DO PURO AMOR DE CRISTO.