Você ainda se confessa?

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Reconhecer o pecado já é meio caminho andado
No dia 30 de junho, um site de Campo Grande publicou um artigo sobre a confissão, um assunto que parece fora de moda, quase um tabu. Nele, o autor escrevia: «Drogas, questões sexuais e brigas familiares mantêm o sacramento da confissão em alta mesmo em tempos de “é proibido proibir”. Com novos conceitos, como a troca da nomenclatura “pecado” por “dilema”, fim das penitências folclóricas e até a abolição do confessionário, o ato de reconciliação com Deus ganha ares de terapia em Campo Grande. A procura é tão grande que, no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, às quartas-feiras, dez padres atendem até 700 pessoas entre 6 e 22 horas».

Ao longo do texto, o articulista deu a palavra a dois sacerdotes que atuam em Campo Grande: o Pe. Wilson Cardoso de Sá, diretor do Instituto de Teologia João Paulo II, e o Pe. Dírson Gonçalves, reitor do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Em seu sentido mais profundo, explica o Pe. Wilson, o pecado é adultério e idolatria: quebra ou, pelo menos, enfraquece a comunhão que liga o homem a Deus, ao próximo e à criação. Mesmo quando oculto, ele não prejudica apenas a quem o comete, mas a toda a humanidade.

Seu conceito sofreu uma grande transformação na sociedade. Enquanto alguns cristãos pensam que nada mais seja pecado, outros o resumem ao campo da sexualidade. Esquecem que também a fofoca, a corrupção, a droga, a violência e as infrações no trânsito integram a lista das faltas a serem confessadas e corrigidas.
E o que dizer da “penitência” que o padre impõe a quem busca o confessionário? Responde o Pe. Wilson: «Se você fez aborto, nada vai trazer a pessoa de volta; mas você pode dar sua ajuda a uma criança, a uma família. Se roubou, deve devolver o dinheiro. Se caluniou, você precisa pedir perdão não só a quem ofendeu, mas também às pessoas que foram contaminadas...».

Por sua vez, o Pe. Dírson orienta os fiéis a se confessarem pelo menos duas vezes ao ano, nas solenidades do Natal e da Páscoa. Mas é bom fazê-lo também ao longo do ano: «Muita gente vem em busca de orientação e de conselhos. Há pessoas que sofrem relacionamentos complicados no namoro, no casamento, na família. Crescem a cada dia os problemas derivados do consumo da droga, da bebida, da falta ou do excesso de bens materiais».

Como os demais sacramentos da Igreja, a confissão é um grande presente de Deus. Reconhecer o pecado já é meio caminho andado, uma atitude que leva à felicidade e à santidade. É o que reconhecem todas as pessoas que experimentam a misericórdia de Deus: «Feliz o homem que foi perdoado, a quem o Senhor não olha mais como culpado! Enquanto eu escondia o meu pecado, os meus ossos definhavam, as minhas forças fugiam e eu passava o dia chorando e gemendo. Mas quando confessei o meu pecado, tu logo perdoaste a minha culpa» (Sl 32,1-5).

Para a Igreja Católica, a confissão é vista como o sacramento da penitência e da reconciliação, instituído por Jesus no domingo da Páscoa:«Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados; mas, se não os perdoarem, eles ficarão retidos» (Jo 20, 23). Tal doutrina é assim apresentada pelo Concílio Vaticano II: «Os fiéis que se aproximam do sacramento da penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, mas que agora colabora para a sua conversão com caridade, exemplo e orações».

Contudo, a confissão não foi dada “apenas” para perdoar pecados. Deus não precisa dela para demonstrar sua misericórdia a quem se arrepende.O grande milagre operado por ela é permitir que Deus penetre em nossa vida através das fraquezas que lhe entregamos. Ao recebermos a absolvição, o pecado perde a sua força e se transforma em graça. Foi esta a descoberta que levou São Paulo a ter uma nova visão da perfeição cristã: «Se a força de Deus se realiza na fraqueza, prefiro gloriar-me dela, pois, quando sou fraco, então é que sou forte» (2Cor 12, 9-10). Descobrir a arte de aproveitar das próprias faltas para dar a Deus a alegria de ser amor e misericórdia: eis o paraíso já aqui na terra!

Nada é impossível para quem tem fé!

Hoje, a missionária nos convida a meditar a Palavra que está em São Mateus 17,14-20: “Eles foram em direção à multidão. Um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse: ‘Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético e tem ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água. Eu o levei aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!’ Jesus respondeu: ‘Gente sem fé e pervertida! Até quando deverei ficar com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam o menino aqui.’ Então Jesus ordenou, e o demônio saiu. E na mesma hora o menino ficou curado. Os discípulos se aproximaram de Jesus, e lhe perguntaram em particular: ‘Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?’ Jesus respondeu: ‘É porque vocês não têm bastante fé. Eu garanto a vocês: se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, podem dizer a esta montanha: 'Vá daqui para lá', e ela irá. E nada será impossível para vocês’.”

“Preste atenção ao que Jesus disse: ‘Nada vos será impossível se você tiver fé’. Se você tiver fé, por menor que ela seja, em nome de Jesus, todas as montanhas e os montes - que são problemas, dificuldades e obstáculos na sua vida - se moverão.” 

Salette ressalta que, assim como o filho daquele homem foi curado de sua doença, nós, pela fé, também seremos curados. Por isso, ela nos convida a colocarmos diante de Jesus tudo o que está à nossa frente, impedindo-nos de ver Deus.

“Nós Lhe pedimos, Senhor, que envie sobre nós a unção que vem do céu, aquela que libertou o filho da epilepsia, do demônio que o atormentava.”

A consagrada ainda pede a Deus que essa unção caia sobre aqueles que vivem situações difíceis como a dependência química, o álcool; problemas no trabalho, na família, na escola, na vida pessoal, no namoro, nas escolhas. Peça ao Senhor: “Jesus, que essas montanhas sejam removidas para a Sua glória. Nós Lhe entregamos todas as angústias, as preocupações, os medos, as aflições e Lhe pedimos: derrama sobre nós essa unção para sermos libertos de toda opressão. Derrama, Senhor, a unção que vem do céu, que vem do Alto, a unção do Seu Espírito.” 

Salette termina pedindo que todos entreguem sua vida nas mãos de Nossa Senhora. "Ave Maria, cheia de graça... Amém"

Ainda não descobri a minha vocação. O que eu faço?

Imagem de DestaqueVivemos num tempo em que a infância dura menos e a juventude dura mais. No meio deste caminho, a idade das mudanças e indecisões – a adolescência – parece nunca ter fim. Existem crianças que aos 10 anos (às vezes menos) têm sua sexualidade acordada e vivida como se fossem adolescentes em tempos de crises e descobertas. Isso que deveria ser uma rápida e incômoda transição acaba se prolongando por muitos anos. Encontrei um “jovem” de 35 anos que tinha todos os ares de adolescente e me confidenciou: “Ainda não descobri a minha vocação. O que eu faço?”.

Existe uma tirania da nossa “modernidade líquida, relativista e subjetivista” que ilude nossa juventude vendendo a liberdade ao preço da solidão. O resultado é o estresse, a depressão e uma incrível indecisão. O que fazer da sua vida? Qual a sua vocação? Neste momento, temos que colocar alguns pingos nos “is” e deixar claros alguns conceitos para que essa ponte quebrada seja atravessada com segurança.

É preciso dizer que a vocação, antes de se ser uma resposta, uma opção, é um chamado de Deus. E Ele chama a todos indistintamente para a “vida”. Sobre esta vocação, não precisamos ter qualquer dúvida. Um dia fomos chamados a ser quem somos e onde somos. Não escolhemos nossos pais. Não escolhemos nossa cor, cultura, origem, povo, raça e nação. Quando tomamos consciência da vida, já estávamos aí. Essa vocação de raiz não exige nenhum discernimento. Exige aceitação, cultivo e gratidão. 

Assista: Vocação, é preciso decidir! 

Depois, fomos chamados à vida cristã. Quem foi batizado na infância teve o sacramento do Crisma para confirmar a sua decisão de pertencer ao povo de Deus na Igreja Católica. Aqui, já é preciso discernimento. Não basta receber a fé dos pais. É preciso fazer a sua própria experiência de fé. Hoje em dia, quem nasce católico só permanecerá católico se se converter a partir de uma experiência pessoal de Deus na Igreja Católica. Mas ainda aqui, nesse nível, não me parece que as pessoas tenham muitos problemas vocacionais. O problema vem quando é necessário escolher o seu estado de vida dentro da comunidade cristã.

No Cristianismo católico ocidental, temos três estados de vida. O cristão pode ser um fiel leigo, um religioso(a) consagrado(a) ou um ministro ordenado (diácono ou sacerdote). São estes os três estados de vida. Muitos jovens cristãos católicos entram em crise na hora de discernir sua vocação ao estado de vida.

Devo dizer que basicamente todo cristão é leigo, pois esta palavra significa “povo de Deus” (laós em grego). Então, a coisa fica mais fácil. Todos nós somos povo de Deus. A menos que o próprio Deus nos chame para uma “consagração” ou nos dê uma “ordem”. Aprendi que Deus não nos chama uma vez só. Ele é insistente com os que escolhe. Mas se você estiver em dúvida, vou lhe dar uma dica prática. Se acha que está ouvindo a voz de Deus para ser padre, entre para um seminário. Não significa que será sacerdote, mas ali terá as condições de ouvir melhor o chamado. Apenas 5% dos que entram para o seminário ficam padres. Os outros percebem que o chamado era outro. Mas não ficam mais na dúvida. A mesma coisa em relação à vida consagrada. Tenha coragem de entrar em um processo de discernimento. Em questão de vocação, a pior coisa é ficar parado. Dê um passo sem medo que seja o errado. Se for sincero, Deus o colocará no rumo certo.

Agora, o conselho contrário. Mesmo que sinta um certo chamado à vida consagrada ou sacerdotal, não dê esse passo por falta de opção. Todos os que Jesus chamou estavam ocupados e deixaram tudo para segui-Lo. Mesmo que você tenha namorado(a) e um ótimo emprego, isso será apenas uma confirmação vocacional se você deixar tudo para seguir o Senhor. Desocupados ficarão sempre na incerteza ou na indecisão. Quem deixa tudo para seguir o Mestre tem o sinal da confirmação vocacional em seu coração.

Seminário de Vida no Espirito Santo


Como manter a chama da fé acesa mesmo diante das dificuldades?


Essa foi uma das perguntas respondidas por Felipe Aquino, apresentador dos programas da TVCN'Escola da Fé' e 'Pergunte e Responderemos', ao refletir as principais vertentes da Encíclica "Lumen Fidei", de Papa Francisco, documento que será tema do programa 'Escola da Fé', desta quinta-feira, 15. A carta foi escrita pelo Papa Emérito Bento XVI, quando ainda exercia o Ministério Petrino, e finalizada pelo atual Pontífice.Em entrevista ao site da emissora, professor Felipe primeiramente explicou que encíclica é toda carta escrita pelo Papa, a qual contém um assunto que ele acredita ser relevante para a reflexão das pessoas. Ainda mencionou que a Lumen Fidei compõe o conjunto de documentos de Bento XVI. Entre os escritos estão 'Deus Caritas Est'Caritas in Veritate' e 'Spe Salvi'






Quando questionado sobre o desafio de nutrir a fé diante dos problemas enfrentados pelo ser humano, o apresentador fez alusão dessa virtude a uma planta que precisa de cuidados diários para que se mantenha viva.


"A fé tem que ser alimentada com uma boa meditação, com bons livros e com a Palavra de Deus. Assim vamos tomando consciência do que é nossa fé. Ela deve ser nutrida com a oração, que é um contato com Deus. Ela também se alimenta no ensinamento da Doutrina da Igreja", contou o entrevistado.


Em conclusão, o professor salientou que a razão e a fé são realidades que vêm do próprio Criador, mas ele entende que há uma diferença entre elas, pois "a fé leva a aceitar a revelação de Deus, já a razão faz com que a pessoa procure a verdade".


Devido à extensão e riqueza de detalhes do texto, o apresentador estenderá sua análise utilizando-se de duas edições do programa. A primeira será exibida, nesta quinta-feira, 15; a outra na última semana de agosto, dia 29. 

O dom de ser pai

“A genealogia da pessoa está unida primeiro com a eternidade de Deus e, só depois, com a paternidade e a maternidade humana, que se realizam no tempo” (Carta às Famílias 1994 - Beato João Paulo II).

Durante a minha infância e juventude, muitas vezes vi meu pai chegar bêbado e carregado em casa, mas tenho na memória a lembrança do “seu Mário gente boa e engraçado”. No meu noivado, ele estava presente; no casamento, ausente, pois faleceu de câncer meses antes. Passou o tempo e, hoje, eu tenho uma família que meu pai não conheceu.
Arquivo CN


Sinto-me tão pequeno diante da tarefa de educar os filhos que Deus me confiou: Rebeca, Davi e Sofia. Todos os dias, quando olho para eles, uma certeza tenho no coração, Deus é o começo e o fim na vida deles. Não é fácil educar, mas, formar para o céu é a minha missão de pai.

Dois pontos são importantes e me ajudam a caminhar neste lindo processo que é educar. De um lado, o pai limitado que sou; do outro, o compromisso com a minha paternidade. Consciente da limitação que é ser pai e do comprometimento com Deus e com “os meus filhos”, busco equilibrar-me em meio à agenda.

A vida de um pai é corrida, são muitas as ocupações. Mas sempre é bom refletir para ver se os afazeres nos permitem abraçar, beijar, conversar, brincar, passear com os filhos. Há tantos filhos que, bem mais do que os bens materiais, desejam a presença do pai.

Olho para a minha história e vejo que de uma situação é possível aprender lições boas e ruins, como o vício da bebida na vida do seu Mário, o meu pai, algo que abalou, por um período, o nosso lar.

A lição ruim é que a bebida atrapalhou o nosso relacionamento de pai e filho. A lição boa é que não desejo que os meus filhos passem por isso. Só quem viveu ou vive em uma casa com alguém no vício sabe como é difícil.

Tudo que é exagerado precisa ser analisado. A dedicação exagerada no trabalho, na religião, no esporte, na internet etc., não podem comprometer “a relação entre pai e filho”. Tem coisas que são boas, porém, é preciso saber conciliar as atividades para não prejudicar o convívio.

O meu desejo de pai é assinalar, no coração de cada filho, duas marcas: o carimbo da fé e da presença. Quero deixar essa herança a eles. Mesmo quando eu não estiver presente, que os valores semeados se façam presentes.

Sempre gosto de chegar bem pertinho do ouvido deles e falar: "Eu te amo meu filho", "eu te amo minha filha!". Os três escutam isso.

Cada letra da palavra Pai pode ter vários significados. Enquanto escrevia esse texto, pensei em: P (paternidade), A (amor), I (indiferença).

A indiferença, tanto do pai como do filho, precisa ser substituída por “incondicional”. Não é fácil, mas é possível. Consciente de que estou aprendendo a ser pai com meus erros e acertos, o essencial é saber que o Pai do céu ama cada filho com um amor incondicional!

Que Deus abençoe a todos que receberam esse lindo dom de Deus. Um feliz Dia dos Pais!

Aceitai minhas palavras e os pensamentos de meu coração

Guardo, no fundo do coração, a vossa palavra” (Salmo 118,11). Deus tem palavra de vida eterna, quer sempre falar ao nosso coração.

Vamos refletir sobre o chamado do Senhor na nossa vida. Às vezes, acomodamo-nos com as coisas de Deus, mas para que isso não aconteça, é preciso sair e refletir.

É impossível ser seguidor do Senhor sem deixar algo para trás, para isso precisamos nos desprender das coisas. A experiência de deixar algo não é fácil; às vezes, há pessoas que não são inteiramente de Deus, porque não tem coragem de deixar algo para segui-Lo. Somente Ele pode nos fazer instrumentos de bênçãos. É necessário deixar terra, casa, família para seguir o Senhor, mas, muitas vezes, não temos coragem de fazer isso, porque não temos confiança. No entanto, isso é preciso para que possamos segui-Lo.

Deus não conta com os preguiçosos nem com os acomodados. O Senhor sabe com quem pode contar, por isso temos que estar dispostos a Ele.

É necessário ser corajoso, pois Deus sempre nos chama para uma missão nada fácil. Mas, nos dias de hoje, estamos vivendo em um tempo de comodismo.

Deus age por meio da nossa história, da nossa realidade; Ele age na nossa casa, principalmente em nossas dores. Quando deixamos Jesus Cristo nos conduzir, mesmo em meio ao sofrimento, Ele tira um grande bem dessa situação. O Senhor nos escolhe no meio do nosso sofrimento e nos capacita.

Toda pessoa que está a serviço de Deus não pode esquecer estas palavras: “Eu estarei contigo”. Nós, que somos da Igreja, sempre teremos desafios nas paroquiais, mas é preciso ter a certeza de que não estamos sós, mas que o Senhor está ao nosso lado. Sempre que nos esquecemos de Jesus e começamos a olhar nossas fraquezas e debilidades, corremos o risco de ficar em depressão.

Muitas vezes, Deus está nos chamando, mas ficamos, de várias formas, tentando arrumar desculpas para não fazer a vontade d'Ele. Queremos fazer as coisas do nosso interesse, por isso entramos em crise.

"Temos que ser firmes e corajosos em Cristo!", afirma padre Jorge Bispo.
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Às vezes, por medo, não respondemos à vontade do Senhor. Ficamos pensando o que os outros vão pensar de nós. O chamado é pessoal; em particular, cada um precisa responder ao Pai. Mesmo com tantos filhos, este chamado é seu; então, não podemos questionar, mas cuidar, responder aquele chamado que Jesus tem colocado na nossa vida.

Meus irmãos, o Senhor nos chamou para servi-Lo. Ele conta conosco! Devemos anunciá-Lo com alegria e sem reclamações, assim a missão não se torna um fardo.

Trabalho e missão Deus dá a cada um. Temos que nos deixar moldar para que possamos ser instrumentos do Senhor. Deus não nos pede missão impossível, pois Ele conhece cada um e sabe do que cada um é capaz.

Há muitas pessoas da Igreja que se esquecem que o Senhor é o dono do trabalho, querem tomar conta e mandar em tudo, e com isso vem o fracasso. O Senhor nos chamou para ser Seu instrumento, por isso temos de, antes de fazer qualquer coisa, entregar tudo a Ele, pois o Santo Pai nunca nos abandona e conduz nossos caminhos, mesmo diante das dificuldades.

Francisco utilizou o twitter nesta segunda-feira para falar sobre a luz da fé

Em postagem no twitter nesta segunda-feira, 5, o Papa Francisco destacou como a luz da fé ilumina as relações. “A luz da fé ilumina todas as nossas relações e ajuda-nos a vivê-las em união com o amor de Cristo para vivê-las como Ele”, escreveu o Santo Padre no microblog.
Recentemente, Francisco publicou umaencíclica, também sobre a fé. IntituladaLumen fidei – Luz da fé – o documento foi iniciado pelo então Papa Bento XVI, hoje Papa Emérito.
“Numa época como a nossa, a moderna – escreve o Papa – em que o acreditar se opõe ao pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que impede a liberdade do homem, é importante ter fé e confiar, com humildade e coragem, ao amor misericordioso de Deus, que endireita as distorções da nossa história”, destaca Francisco.

Incendeia Jovem


Enxergar a vida com esperança

Reler nossa vida a partir da graça de Deus é uma atitude que precisamos adotar com urgência. O cristão precisa ser especialista em enxergar a vida com esperança, que é uma alegria objetiva; esperança é um movimento. Esperança é acreditar e por isso tem a ver com fé:

“A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Hb 11,1).

“Ah, estou desanimado, perdi o entusiasmo, não tenho coragem!” A palavra desânimo tem a ver com falta de ânimo. É a falta de Deus. Entusiasmo significa estar cheio de Deus. Não vou ter alegria, portanto, não vou ter entusiasmo se não encher o meu coração de Deus. A palavra coragem significa a ação que vem do coração. Não vou ter essa ação que vem do coração se meu coração estiver cheio de coisas negativas.

É uma proposta de vida, mas o cristão é aquele que faz ver o que ninguém enxerga. O cristão precisa ser aquele homem e mulher da esperança:

“E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).

Se vivo essa dimensão da esperança, passo a reler a minha vida sem negar as situações difíceis. 


Há um só batismo que renovo cada vez que recuso o mal na minha vida, cada vez que renuncio ao demônio, autor e princípio do pecado, cada vez que renuncio ao meu vício. Mas para viver esse único batismo há uma só fé (cf. Ef 4,5). Vou renovar a minha fé no amor infinito de Deus, na minha Eucaristia que se renova. A Eucaristia que se renova, significa o amor de Deus que se renova por mim em casa, na reconciliação periódica.

Uma das coisas de que mais temos medo na adolescência e na juventude é a confissão. Se o adolescente está vivendo um processo de auto-afirmação, e isso é próprio da idade, ele tenta mostrar quem é, começa a brigar com a mãe e o pai, ele é muito carente de amor e carinho. Mas não se deve tratá-lo como uma criança. Ele está precisando reafirmar que já é adulto e entra em crise: “A quem desobedecerei? Se vou embora às 10h, o meu colega que pode chegar às 10h15 vai aproveitar para me insultar: 'A mamãe está esperando?'”

O número de jovens que fumam cigarro está caindo a cada dia, graças a Deus, mas o número de adolescentes e jovens que fumam maconha está crescendo numa proporção assustadora, tanto que revistas seculares estão trazendo matéria seríssima, cientificamente corretas explicando os malefícios da maconha.

E por que isso tem ocorrido? Hoje vemos a distância entre pais e filhos. O pai sabe tudo, o filho não sabe nada. Faça o inverso e elogie o seu filho. Não devíamos ter medo de elogiar as pessoas.

Hoje os casais vivem o mesmo problema. Parece que temos medo de elogiar as pessoas. Não dizemos: “Como você está bem! Como está bonito! E aí, alguma novidade? Não, tudo normal.” Parece que novidade é só quando surgem situações difíceis. Quando acontece uma coisa ruim, você telefona, vai atrás da pessoa, corre para um lado, corre para o outro.

Diante da vida adotamos um olhar estragado, ferido, machucado, que gera pessoas frustradas. Não tenha medo. Dom Bosco ensina isso. Ele dizia aos pais: não tenham medo de elogiar seus filhos. Elogie a beleza física de seus filhos, elogie o corpo de sua filha, elogie o corpo de seu filho, faça com que ele perca esse aspecto malicioso, elogie as coisas belas que seu filho faz, que sua filha faz.

Um dos maiores malefícios do “encardido” é nos levar a acreditar que no mundo só há gente ruim, que as coisas que ocorrem são negativas e que só há problemas no mundo. Isso é uma grande mentira. Você precisa estar convencido disso, caso contrário, deixe de ser cristão. A grande maioria das pessoas é boa, mas em primeiro lugar olhe para você mesmo. Na sua vida já aconteceram muitas coisas boas e maravilhosas, isso gera a verdadeira oração.

Padre Léo, scj

(Extraído do livro “Homens e mulheres restaurados”)

A unção da fé

Irmãos, eu não vim falar diretamente a vocês, talvez tenha se esforça e largado seus compromissos para estar aqui, mas eu não vim lhes falar, mas sim ao Espírito Santo que habita em cada um de vocês. Não vim falar da Pessoa do Espírito Santo, mas sim ao Espírito que mor em vós. Me sinto confortado pelo fato de ter ao meu lado a apóstola do Espírito Santo, Elena Guerra. 

Somos pessoas de fé e estamos na Igreja dos milagres, por isso deixe que o Espírito lhe governe, esteja sob os cuidados dele. Que de agora eu receba mais de Ti, menos de mim e nada do inimigo. 

Ganhamos em pouco tempo aEncíclica Lumen Fidei, escrita a quatro mãos: pelo Papa Emérito Bento XVI e Papa Francisco. No número 34, desta encíclica, lemos: “ A luz do amor, própria da fé, pode iluminar as perguntas do nosso tempo acerca da verdade. Muitas vezes, hoje, a verdade é reduzida a autenticidade subjectiva do indivíduo, válida apenas para a vida individual. Uma verdade comum mete-nos medo, porque a identificamos — como dissemos atrás — com a imposição intransigente dos totalitarismos; mas, se ela é a verdade do amor, se é a verdade que se mostra no encontro pessoal com o Outro e com os outros, então fica livre da reclusão no indivíduo e pode fazer parte do bem comum.” A fé alarga o horizonte do mundo e faz com o que nós nos maravilhemos com Deus e não com o pecado. Uma vez maravilhados por Ele, façamos com que os outros se sintam maravilhados por Deus. 

Em receitas em geral, existe os ingredientes fixos, mas o sabor de cada uma difere de cada pessoa que faz, já em Deus só existe uma receita para o milagre: a fé. O Papa Francisco nos ensinou durante sua viagem ao Rio de Janeiro que devemos colocar fé e nossos dias serão iluminados e nossos dias não serão mais de trevas: “Bote fé, bote esperança e amor no mundo,” afirmou o Papa. O Brasil ao longo de dois anos gritou “bote fé” nos muitos encontros que acontecerão em todo o mundo, agora, amados irmãos, é a hora que colocar em prática isso! 
“Você não crê em Deus, mas Ele nunca deixou de acreditar em você"